
Em
meio ao retorno das aulas presenciais nas escolas da rede privada de São Luís
na última segunda-feira e o adiamento do reinício do calendário escolar regular
da rede pública estadual – que estava marcado para o dia 10 deste mês -, o
posicionamento de um epidemiologista da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
ampliou o debate e a polêmica sobre o tema.
Antônio Augusto Moura da Silva, professor doutor titular do
Departamento de Saúde Pública da UFMA, e professor de Epidemiologia do Programa
de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da universidade, afirmou que este ainda não
é o momento adequado para a retomada das aulas no estado.
O especialista disse que estudos apontam para pelo menos três
critérios que devem ser observados obrigatoriamente nas instituições de ensino,
no momento em que o mundo inteiro enfrenta a pandemia da Covid-19.
A transmissão do novo coronavírus, segundo o epidemiologista,
deve estar baixa; é necessário que haja capacidade de identificar e bloquear
surtos nas escolas e as unidades devem estar adaptados para o chamado “novo
normal”.
Ele explicou que o primeiro critério o Maranhão ainda não está
cumprido, já que a transmissão comunitária da doença ainda não está em nível
baixo. O estado chegou até a registrar recentemente, nível de transmissão
abaixo de 1, mas esse número precisa permanecer inalterado por pelo menos 1
mês, segundo o especialista, o que ainda não ocorreu.
Até o momento, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, mais de
3.100 pessoas morreram no Maranhão em decorrência do novo coronavírus. O número
de casos confirmados superou a marca de 125 mil e os casos ainda ativos, somam
mais de 7.600.
O debate, portanto, deve ser ampliado e a retomada das aulas,
referendada por órgãos de controle e vigilância sanitária. Não há espaços para
omissões.
Caso contrário, os danos podem ser irreparáveis e o trauma,
devastador.
Monitoramento – A Saúde do
Brasil monitora casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica
(SIM-P) em crianças e adolescentes entre 7 meses e 16 anos de idade.
Há relatos de casos registrados no Maranhão, sobretudo, na
Região Metropolitana de São Luís.
É mais uma situação que preocupa pais, professores e
funcionários de escolas públicas e privadas de todo o país.
Estado Maior
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