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A empresa Polaris Shipping,
proprietária do navio Stellar Banner, que está encalhado a cerca de 100 km do litoral do
Maranhão, informou ao G1 nesta
segunda-feira (2) que cerca de 3,5 mil toneladas de óleo combustível e 140
toneladas de óleo diesel devem ser retirados durante a operação de desencalhe da embarcação.
O plano detalhado de retirada foi
enviado para ser revisado pela Marinha do Brasil e após ser autorizado, deve
ser executado nos próximos dias. Uma embarcação está sendo enviada ao local
para auxiliar na retirada dos combustíveis de forma segura. A empresa afirma
que a embarcação permanece no banco de areia e o estado é estável.
Equipes de mergulhadores da Marinha estão realizando trabalhos de
inspeção para verificar quais foram os danos no casco do navio
e nos compartimentos que foram alagados. O navio hidroceanográfico ‘Garnier
Sampaio’ está na área para reforçar as operações.
A Superintendência da Polícia
Federal (PF) no Maranhão informou que abriu um inquérito para apurar possível crime ambiental no
acidente do Stellar Banner. Na sexta-feira (28), o Ibama verificou
o vazamento de 333 litros de óleo no mar e o
poluente havia se espalhado por uma área de 0,79 km². No sábado (29), o
instituto afirmou que não visualizou mais as manchas de óleo encontradas
anteriormente.
Segundo a Polaris, as barreiras
de contenção que haviam sido instaladas preventivamente para conter o vazamento
de óleo serão removidas, após acordo com a Marinha e o Ibama. As equipes
antipoluição que foram contratadas pela empresa permanecem de prontidão no
local.
Riscos
A Marinha e o Ibama ainda não
descartam o risco vazamentos no navio. Atualmente, a embarcação segue encalhada
e com cerca de 290 mil toneladas de minério de ferro, além de quatro milhões de
litros de combustível e óleo. Se houver vazamento, todo o material pode se
espalhar pelo litoral.
"O ideal é que se façam
estudos que tenham com precisão os reais riscos da embarcação. Mas,
independente disso, são tomadas todas as providências de forma preventiva.
Então nós já temos um estudo de modelagem, para onde esse óleo pode bater,
chegar na costa, caso venha a acontecer um incidente. E já deixar disponível os
equipamentos de proteção a essas áreas sensíveis", afirmou Marcelo Amorim,
coordenador de atendimento de emergência ecológica do Ibama.
Sobre o risco de naufrágio, a
Marinha afirmou que o risco é pequeno, mas não é impossível. Há, atualmente,
quatro rebocadores na região para agir em caso de emergência.
"É muito cedo poder dizer
alguma coisa. Ela [Polaris] vem acompanhando e empregando dois navios do 4ª
Distrito Naval de São Luís, um com previsão de chegada nas próximas 24h e outro
no sábado (29). Hoje nós temos uma aeronave no local, que se apresentou a cena
de ação e está com o nosso chefe do gabinete de crise. Hoje a embarcação está
encalhada, na região não tem profundidade suficiente para cobrir a
embarcação", disse o comandante Alekson Porto no dia 27.
Proprietária do navio tem histórico ruim
O navio Stellar Banner é de
propriedade da empresa sul-coreana Polaris Shipping. Essa empresa é a mesma responsável pelo Stellar Daisy,
embarcação que naufragou no Oceano Atlântico em 2017, após ter
sido carregado no Terminal Marítimo da Ilha de Guaíba que pertence a
mineradora, na Ilha de Guaíba, no Rio de Janeiro.
O navio Stellar Banner tem
capacidade para 300 mil toneladas de minério de ferro e possui 340 metros de
comprimento, o equivalente a quase quatro campos de futebol. A embarcação foi
abastecida pela Vale e saiu do Terminal Portuário da Ponta da Madeira, em São
Luís, com destino a um comprador em Qingdao, na China.
Segundo a Capitania dos Portos, o
navio apresentou ao menos dois locais com entrada de água nos compartimentos de
carga por volta das 21h30 desta terça (25) e começou a afundar no Oceano
Atlântico. Uma fissura no casco pode ter sido a causa. O comandante do navio
emitiu um alerta de emergência via satélite e levou a embarcação para um banco
de areia.
Equipes da Capitania dos Portos e
da Vale foram encaminhadas para o local e cerca de 20 tripulantes foram
evacuados. Segundo a Marinha, todos permanecem em segurança na área a bordo de
quatro rebocadores que foram enviados ao local.
A empresa Polaris Shipping,
proprietária do navio, informou que todos os membros da tripulação estão
seguros e que está realizando inspeções para evitar maiores danos.
Por Rafaelle Fróes
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